segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Igreja de Cristo – Laodicéia

Saudações, amigos da liga do bem...

Tudo bom com vocês?

Comigo anda tudo muito bem, graças a Deus.

Enfrentei o desafio que estava diante de mim, sentindo a presença de Deus comigo. Nunca me senti tão calmo e feliz!

Como eu disse pra vocês, nos últimos dias eu vinha enfrentando uma grande luta, espiritualmente falando, pois percebia os ataques do Inimigo contra minha mente, mas desta vez eu estou dentro da Graça de Cristo. E Ele me prometeu que Estaria lutando minhas lutas, pois esta era uma batalha Dele, não minha.

Agora, tenho plena certeza de que estes dilemas estão terminando em minha vida, e eu vou encontrar meu Reobote. Só falta outra área...

Mas, por enquanto, vou continuar com a missão que o Espírito Santo me deu, que é a de trazer para vocês o que Ele me revelou sobre as profecias que estão nas Sagradas Escrituras.

Até porque sinto que o tempo urge, e eu preciso passar meus conhecimentos e entendimentos para vocês. Prova disto está na crise financeira que os EUA e, por conseqüência, o mundo atravessa.

E hoje, finalmente finalizando a série sobre “A Igreja de Cristo” através do estudo profético sobre as sete igrejas da Ásia, vou falar sobre a igreja de Laodicéia, igreja que ocupa a posição de ser a quarta filha do casamento misturado.

Para tanto, peço atenção no texto que se segue.

Apocalipse 3:14-22:
14 E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
16 Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
18 Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.
19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.
20 Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
21 Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.
22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Hoje, diferente do que vinha fazendo, não vou falar muito de história. Só vou fazer uma breve introdução, para que você entenda o que esta profecia fala. E para tanto, vamos voltar aos anos 60 e 70 do século passado. Pois, nestas duas décadas, a sociedade passou por uma série de transformações.

Os EUA iniciaram uma série de discussões internas, motivadas pelas minorias, com o intuito de que fossem reconhecidos seus direitos sociais. (Louvado seja Deus, por ter trazido a Terra o pastor Martin Luther King) E tais lutas repercutiram no mundo todo.

Porém, como tudo tem dois lados, essas discussões sociais trouxeram a baila uma série de comportamentos sociais como o pansexualismo (o famoso movimento GLBTS), a busca pelos “conhecimentos da sabedoria oriental”, movimento Nova-Era, Hippies... Os praticantes destes tipos de comportamentos e ideologias começaram a exigir que suas práticas fossem aceitas pela sociedade como “comportamentos aceitáveis”.

E mais uma vez, todas estas ideologias adentraram para dentro da igreja cristã, criando um novo tipo de apostasia. E tal apostasia criou um momento histórico conhecido também como “A Era das Igrejas Mornas”. Era esta que vivemos hoje em dia...

E agora, vamos a parte exegética.

{Nota do Cavaleiro: Daqui da frente, eu vou escrever coisas que podem ofender a certos indivíduos e grupos. Contudo, não estou fazendo apologia de nada. Simplesmente estou falando o que a Sagrada Escritura diz. Caso a carapuça caia em você, vá se entender com o Espírito Santo, pois foi Ele que inspirou João e escrever o Apocalipse.}

A palavra grega que deu origem ao nome Laodicéia significa “o povo reina”. O próprio nome desta igreja mostra que ela tem um sério problema com relação a sua espiritualidade e reconhecimento da autoridade Divina sobre sua vida.

No versículo 14, Jesus se apresenta como o Senhor da Igreja, afirmando que é Ele que comanda a Igreja, não seus membros, como os laodiceanos imaginavam, e os apóstatas hoje em dia acham.

Percebam que, diferente das outras seis igrejas, esta igreja não recebeu nenhuma menção honrosa. Aliás, nos versículos 15 e 16, o Senhor a critica, fazendo um trocadilho sarcástico.

A antiga cidade de Laodicéia recebia água de sua vizinha Hierópolis, que era uma estação de águas termais que existe até hoje, só que, agora com o nome de Pamukkale. Esta água vinha através de um aqueduto aberto. E sua origem era das fontes de água quente que estavam em Hierópolis. Assim, quando ela chegava na cidade, ela chegava morna. Muito fria para ser usada no banho, por exemplo, e muito quente para ser refrescante. Ou seja, até ser aquecida ou resfriada, ela não prestava para nada. E Jesus comparou os crentes desta igreja a esta água, pois para Ele, estes eram imprestáveis!

Os laodiceanos afastaram o Espírito Santo de suas vidas, criando, para si um ritual de “forma sem substância”. E detalhe: eles não se importavam com isso! Estavam felizes com sua religião de nenhum compromisso e nenhuma responsabilidade. Tal afirmação é feita no versículo 17.

(A partir de agora, o chicote vai estralar...)

Caso vocês perceberam, tornou-se um fenômeno, nos últimos anos, o surgimento de igrejas com esta característica. Elas se parecem uma igreja e até fazem algumas coisas que uma igreja faz.

Contudo, se você tiver um pouco de discernimento espiritual, perceberá que o Espírito Santo não passa nem na porta destas igrejas, e se você conhecer um pouquinho da Sagrada Escritura, também perceberá que o Evangelho não é pregado nelas. O que tem é palestras, simpósios, seminários...

Parece até que, em vez da Bíblia, eles usam os livros do Roberto Shinyashiki, ou do professor Marins, dada a quantidade de pregações formulando estratégias para obter sucessos nas mais diversas áreas da vida. Mas, em nenhuma delas, você ouve falar do maravilhoso dom da graça de Deus, e sim de técnicas de “mentalização”, ou de “pensamento positivo”.

{N. C.: Se você é um daqueles que leu, ou viu, aquela porcaria do “O Segredo”, fica sabendo que aquilo é balela! Tem um grande amigo meu que quase foi a falência, sendo vítima de charlatões que lhe venderam aquelas idéias.}

Embora elas aparentem ser ricas, materialmente falando, sua condição espiritual é de pobreza.

No versículo 18, Jesus traz um conselho para esta igreja. Contudo, este conselho vem dentro de outro trocadilho.

Assim como eu disse sobre essas igrejas apóstatas que temos hoje em dia, a cidade de Laodicéia, assim como seus cidadãos eram extremamente ricos.

Esta cidade era um importante centro bancário e comercial, como também era famosa pela lã negra produzida ali, bem como por um colírio que suavizava os efeitos do esforço ocular que o astigmatismo causa.

Ou seja, seguindo o modo de vida da cidade, os membros desta igreja eram ricos (pelo dinheiro), bem vestidos (pela sua brilhante lã negra) e conseguiam ver as melhores oportunidades de negócios e ganhos (mundanamente falando). Mas espiritualmente, eram pobres, nus e cegos.

Percebendo tais defeitos neles, Jesus os aconselha a comprar das vestes brancas e colírio, espiritualmente falando, para que eles despertassem de sua condição de pobreza, nudez e cegueira espiritual, que os impedia de ter o melhor das coisas de Deus, bem como a perspectiva da vida eterna.

Como Jesus mesmo afirma no versículo 19, Ele faz isso, pois castiga e repreende aos que ele ama, razão pela qual Ele convida os membros desta igreja ao arrependimento, e ao retorno ao estudo verdadeiro da Sagrada Escritura, bem como a busca pelo Espírito Santo.

E como eu já comecei a explanar alguns parágrafos anteriores, esta igreja ainda existe no século XXI. E se prolifera mais que erva daninha. Virou mato, como diria meu irmão.

Cansamos de ver igrejas que promovem congressos empresariais, almoços com profissionais liberais, terapias disto e daquilo, e se esqueceram da pregação do verdadeiro Evangelho!

Oferecem para os seus membros um ritual vazio, e deixa-os fracos em seus espíritos. E o pior que muitos destes são felizes com este modo de vida!

Mal sabem eles que o surgimento deles no modo mundo é um dos sinais da segunda vinda, pois como está escrito no versículo 21, Jesus está na porta e bate, e deseja que nós partilhemos da mesa com Ele.

Ou seja, Ele está voltando! Está batendo na porta! Maranata! Aleluia!

Como ele mesmo diz no versículo 21, ele ainda dá aos laodiceanos a oportunidade de viverem com ele. Ou seja, até o arrebatamento, eles têm chance de reconhecerem seus pecados, mudarem seus caminhos, e entrarem no céu, nem que sendo os últimos. Mas vão receber todos os direitos e benesses que os que receberam tal recompensa antes dele.

E, sabe meus amigos, eu sei bem do que fala esta carta. Permita-me relatar uma experiência pessoal.

Lembram, quando eu falei da igreja de Sardes, que eu falei sobre um problema que aconteceu na minha igreja, mas que eu preferia falar sobre aquela história quando estivesse falando sobre Laodicéia? Pois bem. Vou contá-la para vocês.

Eu sou membro de uma igreja protestante tradicional, ou seja, uma legítima herdeira de Sardes. Logo quando eu ingressei nela, esta igreja apresentava uma onda de crescimento maravilhosa, principalmente no grupo dos jovens.

Tínhamos, aproximadamente 500 membros, sendo aproximadamente a metade deste número de jovens. E éramos uma igreja extremamente ativa. Realizávamos constantes acampamentos, intercâmbios, retiros, trabalhos de evangelização. Estávamos nos comportando como se fossemos uma igreja Éfeso, mas que aparentava, para outras comunidades, sermos uma Filadélfia.

Porém, como eu já disse em algumas postagens anteriores, o Inimigo não suporta ver a Igreja de Deus marchar e fazer a diferença no mundo. E logo, ele começou a atuar dentro da minha igreja também.

E da seguinte forma: dentro desta “onda de crescimento” que estava acontecendo, ingressaram, por meio do trabalho evangelístico que era realizado, alguns jovens. (Eu não vou dar nome aos bois, porque estou fazendo como Cristo, quando este falava por parábolas.)

Estes caras entraram na comunidade, e utilizando extrema habilidade política, eles ganharam a confiança da liderança da igreja (digo dos pastores e conselhos de presbíteros mesmo). E assim, eles logo assumiram a liderança do grupo de jovens da igreja e começaram a fazer valer suas idéias sobre o que um “grupo de jovens”.

Nossos acampamentos perderam sua espiritualidade; os intercâmbios viraram festas (regadas a muita bebida alcoólica, por sinal); os retiros deixaram de ser feitos; os trabalhos de evangelização começaram a se tornar uma “pesca em aquário”, pois o nosso testemunho começou a ser colocado em escândalo diante do mundo e com isso não atraímos mais pessoas perdidas no mundo querendo conhecer a Cristo, já que até fotos destes jovens bêbados em festas de “micareta” foi publicado no jornal de maior circulação dentro da cidade.

Quando teve a chance de agir para impedir a ação destas “sementes de joio” dentro da plantação, a liderança da igreja, demonstrando uma tremenda cegueira espiritual, apenas deu “um puxão de orelha”, e não retirou estes jovens dos cargos de liderança que eles possuíam dentro do grupo dos jovens.

Tal atitude, por parte da liderança da igreja, fez com que o grupo dos jovens praticamente se “extinguisse” dentro da igreja. Toda uma geração de jovens se perdeu. Alguns mudaram de comunidade, outros caíram no mundão mesmo. Não querem mais saber de lutar pela causa de Cristo. E isto porque muitos deles são filhos ou netos de membros do próprio conselho de presbíteros.

{N.C.: Até mesmo eu me perdi, pois depois desta medida, me desencantei com a igreja, e comecei a andar com gente pior que estes caras, traidores que se dizem “servos de Deus”, comecei a freqüentar certos tipos de festas que eu nunca iria... Até com uma prostituta eu namorei!}

É até deprimente, muitas vezes, ver o que a nossa igreja se tornou, e o que ela foi no passado. E tudo isto aconteceu porque nós não buscamos, em Deus, que é o doador do Espírito Santo, a unção para nos livrar da cegueira espiritual que ainda existe no nosso meio. E isto muito me entristece.

Mas, eu busco em Deus, o perdão Dele, e faço sempre que posso este tipo de alerta, que eu entendi que seria melhor falar dele quando estivéssemos falando de Laodicéia dada a péssima condição espiritual desta igreja. E eu oro para que Deus, o mais breve possível, libere nossos líderes da cegueira espiritual que os afeta.

A Parábola da Rede descreve como as coisas ficarão para aqueles que ignoram o chamado de Cristo. “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos, E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes”. (Mat 13:49-50).

A Carta de Paulo aos Colossenses também traz idéias similares a este texto profético. Destalhe: Colossos ficava poucos quilômetros ao sul de Laodicéia.

Bem, meus amigos, eu vou ficando por aqui. Estou, analisando esta crise na economia dos EUA, pois acredito que ela tem natureza de cumprimento de profecia.

Mas antes de falar mais sobre ela, eu vou fazer a conclusão sobre este estudo, que virá na próxima postagem.

Fiquem na Paz de Cristo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A Igreja de Cristo – Filadélfia

Saudações, amigos da liga do bem...

Tudo bom com vocês?

Mesmo chegando no dia D de todo o meu dilema, estou muito bem, graças a Deus, pois sei que Ele está comigo em todos os momentos.

Tenho enfrentado uma grande luta, espiritualmente falando, pois a cada dia que passa, sinto que o Inimigo está tentando confundir a minha mente, me acusando de coisas que eu sei serem mentiras, como também influenciando pessoas que se dizem “servos de Deus”, mas que na realidade, não passam de “Sinagoga de Satanás”. Eu sei que, pelo nome de Jesus, essa oposição está com os dias contados, e o tormento que esta minha luta está causando, em breve terminará.

Porém, recebi, de alguns que também estudam as profecias e que sabem o que o “Príncipe do Mundo”, que é Satanás, e seus servos, que são alguns dos homens mais ricos e influentes do mundo, estão preparando o fim da economia como nós conhecemos para os “primeiros 10 dias de outubro”.

Ou seja, o cavalo negro vai iniciar seu cavalgado. E eu peço perdão, pois quando falei sobre ele, me equivoquei, e talvez não os tenha preparado para o caos que vai ter início.

Prometo, porém, que serei mais vigilante e determinado nas próximas postagens.

E hoje, continuando com a série sobre “A Igreja de Cristo” através do estudo profético sobre as sete igrejas da Ásia, vou falar sobre a igreja de Filadélfia, igreja que ocupa a posição de ser a terceira filha do casamento misturado.

Para tanto, peço atenção no texto que se segue:

Apocalipse 3:7-12:
7 E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre:
8 Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.
9 Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.
10 Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Não tem jeito, meus amigos, para que se entenda a mensagem profética para as sete igrejas da Ásia, é necessário falar sobre a história.

E com isso, vou continuar seguindo o mesmo sistema que usei com as últimas cartas: Falar de história, e depois ir pra exegese. Então vamos lá:

Após o surgimento da igreja Sardes (igrejas protestantes, ou reformadas, como o leitor preferir), o mundo ficou conhecendo, como sendo o cristianismo, dois tipos de crenças:

De um lado, a idolatria pagã maquiada de cristianismo conhecida como igreja católica (Tiatira), e de outro, o cristianismo mais enxuto, porém sem discernimento espiritual, conhecido como igreja protestante ou reformada (Sardes), sendo que, esta segunda, reconhecia a auto-suficiência das escrituras para a edificação espiritual do cristão.

E por reconhecer a autoridade das escrituras, ela se instituiu no conceito de igreja local.

Ou seja, cada igreja, mesmo pertencendo a uma mesma denominação, agiria segundo os costumes, preceitos e necessidades locais. Não existia uma autoridade central infalível (diferente da igreja católica, que tem na figura do papa seu principal soberano, e todos os seus sacerdotes são subordinados a ele).

Desta forma, durante os séculos XVI, XVII, XVIII e início do XIX, cada país e/ou região começou a caminhar sua caminhada cristã sem imposição de dogmas ou doutrinas vindas de “um comando superior”.

E assim, começaram a estudar de forma mais livre as Escrituras. E muitas comunidades começaram a perceber que faltava alguma coisa no que lhes era ensinado.

E essa “alguma coisa” era o ministério do Espírito Santo.

Principalmente nas comunidades formadas por pessoas menos estudadas, ou seja, que não foram influenciadas pelo “pensamento iluminista secular”, proferido pelos pensadores iluministas.

E começou a acontecer, dentro destas comunidades, curas miraculosas sem a intervenção humana, livramentos maravilhosos, libertação de pessoas possuídas por espíritos malignos...

Lembre-se o que diz a Sagrada Escritura: Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; (I Cor. 1:27).

Sem falar que as profecias deixaram de ser interpretadas alegoricamente, e passaram a receber uma interpretação mais literal. Como era feito no início da igreja primitiva.

Ou seja, a Igreja renasceu!

Com isso, em meados do século XIX, houve um fervor espiritual que fez com que jovens saíssem de seus lares, levando o Evangelho por todos os continentes.

Tal movimento, conhecido como o “Grande Avivamento”, fez com que muitos lugares (incluindo nosso país) fosse alcançado pela verdadeira pregação do Evangelho.

Sem alegorias, sem idolatria. Levando, com coragem e ousadia, a Boa Nova de Cristo.

Esta é a Igreja Filadélfia.

Filadélfia, no grego, significa “Cidade do Amor Fraternal”.

E no versículo 7, Jesus já se apresenta como o Messias que tem as chaves do Reino, ou seja, ele é quem vai escolher quem vai entrar, ou não, no Reino dos Céus.

E no versículo 8, ele afirma conhecer as obras da Igreja Filadélfia, e não faz nenhuma crítica, nenhuma repreensão... Nada de negativo!

Aliás, ele afirma ter colocado diante desta igreja uma porta aberta, que ninguém pode fechar.

No capítulo 4 do livro da Revelação (Apocalipse), João entrará nesta porta para conhecer como é constituído o Tribunal Celestial. Podemos entender esta passagem de João como uma espécie de “Arrebatamento”.

Ou seja, esta porta aberta, uma vez que a igreja Filadélfia não recebeu crítica, significa admissão no Reino Celestial. Representa que, para aqueles que foram salvos pela Graça, mediante a fé em Cristo, que eles serão recebidos no céu, como se nunca tivessem cometido nenhum pecado.

Neste mesmo versículo, Jesus afirma que ela foi uma igreja fiel e nunca negou seu nome, seja fisicamente (como Tiatira faz), ou espiritualmente (como Sardes faz).

E no versículo 9, Ele promete fazer com que as “Sinagogas de Satanás” se prostrem, em sinal de humilhação, diante desta igreja.

Mais um pouquinho de história eu vou ter que contar. (essa foi bem Mestre Yoda, não?)

No século I, a igreja de Filadélfia era atacada por “judaizantes”. Assim como as demais igrejas gentílicas naquele período.

Estes “judaizantes” entendiam que, para ser tornar cristão, a pessoa primeiramente, deveria se tornar judia e guardar a todos os preceitos da lei mosaica. Eles tiveram muito problema para aceitar que o caminho da salvação era seguir diretamente para os pés da cruz.

Tal admoestação de Cristo também pode se aplicar aos dias atuais, tendo em vista que tem muita gente falando todo o tipo de barbaridade sobre a Salvação em Cristo Jesus, e o Ministério do Espírito Santo. E estes também terão que se curvar.

No versículo 10, Jesus promete guardar a esta igreja da hora da tentação que virá sobre o mundo, para tentar os que habitam na terra.

Muitas pessoas (incluindo este que vos escreve) entendem esta passagem como uma promessa do arrebatamento. Alguns como pré-tribulacional, outros entendem como que no decorrer da tribulação...

Eu confesso que não cheguei a um entendimento pleno sobre isto. (Mas já tive vários sonhos sobre eu estar sendo arrebatado.)

Porém, a palavra grega traduzida como “da” significa “totalmente fora”, o que dá a entender que exclui o sujeito da oração (no caso, a igreja) até do tempo, lugar e causa dos julgamentos do fim, inclusive.

Sem falar que somente uma “hora da tentação” é profetizada como sendo mundial, e somente uma designada para os habitantes da terra. É a Grande Tribulação. Mais precisamente, a segunda metade da Tribulação.

No versículo 11, ele afirma que em breve virá e aconselha que esta igreja permaneça vigilante, para que ninguém lhe retire sua benção.

E tal representação é feita pela coroa que foi dada a esta igreja. Esta é uma das passagens da Escritura que apresentam o dom gratuito da salvação como uma coroa que recebemos de Cristo para premiar nossos feitos no nome Dele, a partir da gratidão que nós temos por Sua dádiva, que é a salvação mediante a fé em Jesus Cristo.

Assim como Paulo proferiu na segunda carta que enviou a Timóteo: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2 Tim 4:8).

E detalhe, a palavra grega traduzida como “sem demora” significa “rapidamente”.

Quando Ele vier, para resgatar sua Igreja deste mundo, será sem aviso para o mundo, mas nós, pelos menos aqueles que estudam suas palavras e profecias, devemos estar preparados.

No versículo 12, Ele afirma que as pessoas que fazem parte desta igreja serão premiadas com sua entrada na Nova Jerusalém, o lar que o Senhor está preparando para sua Igreja. Nada impuro poderá jamais entrar nela, somente aqueles cujos nomes estão inscritos no Livro da Vida do Cordeiro. Esta passagem é a identificação, sem dúvidas, de quem está autorizado a viver lá.

E no versículo 13, mais uma vez somos aconselhados a manter as bases do Evangelho. Apegarmos à Sua Palavra. Não negarmos o Seu nome. Firmarmos nas convicções Dele. Mantemos o olhar sempre para o Alto.

Enfim, esta carta apresenta para nós, o período histórico em que a Igreja de Cristo aprendeu a viver, verdadeiramente, segundo a sua vontade. Ou seja, edificados pela Palavra e guiados pelo Espírito.

E o modelo de cristão que a igreja de Filadélfia apresenta existe até hoje. Está nas comunidades que não esperam o favor de homens para realizar sua obra. Que não ficam se valendo de conchavos e politicagens para fazer a diferença neste mundo.

Esta igreja representa os homens que são fiéis a ele. Mas não simplesmente se reunindo aos dias de culto apenas para ler a palavra; cantar, com a boca, alguns hinos; e ouvir palavras bonitas, não.

Representa aqueles que realmente reconhecem a dependência que têm Dele, e sabem que Nele está sua esperança.

São para estes o arrebatamento. São estes que não terão de suportar a Grande Tribulação, pois estes suportaram, e venceram, as tribulações do mundo que estamos vivendo.

Pois como disse João, em sua primeira carta: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (I Jo 5:19).

Não deixe que ninguém lhe convença contra a promessa da vinda Dele. Não se renda aos prazeres deste mundo. Não perca esta esperança!

A Parábola do Reino que descreve a Igreja de Filadélfia é a da Pérola de Grande Valor. E detalhe: As pérolas são unicamente gentias, já que as ostras não são kosher, como afirmado pela Lei em Levítico: “De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis. Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação. Ser-vos-ão, pois, por abominação; da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver. Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação”. (Lev 11:9-12)

A pérola é a única gema preciosa que cresce dentro de um ser vivo. Ela cresce em resposta a uma irritação enquanto a ostra está no mar.

No tempo da colheita, ela é removida de seu habitat natural para ser separada como um objeto de adorno. Assim como será a Igreja, quando o Senhor vier busca-la, por ocasião do arrebatamento.

E a carta de Paulo aos Tessalonicenses, que apresentou para a Igreja a promessa do Arrebatamento, se apresenta como equivalente aqui também.

É isso amigos, vou ficando por aqui.

Peço as orações de vocês, pois, muito em breve, serei confrontado pelos meus acusadores.

Vou ser lançado na fornalha de fogo, assim como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram.

Sei que é promessa do Senhor de que nada mal acontecerá contra mim, pois isso já me foi dito pelo Espírito Santo, mas mesmo assim, é dever de nós, servos do Deus Vivo, orarmos uns pelos outros. E por isso, peço suas orações.

Vou ficando por aqui, e em breve, estarei postando aqui o entendimento que me foi revelado pelo Espírito Santo sobre a profecia existente na carta à igreja de Laodicéia.

(E, com certeza, vou tomar muita porrada depois disto...)

Fiquem na Paz do Senhor. Até mais.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A Igreja de Cristo – Sardes

Saudações, amigos da liga do bem...

Tudo bom com vocês?

Mesmo chegando no dia D de todo o meu dilema, estou muito bem, graças a Deus, pois sei que Ele está comigo em todos os momentos.

Sem falar, também, que eu estou escrevendo esta postagem em um 11/09. Data que mudou (sob aspecto secular, negativamente, mas profeticamente falando, positivamente) o mundo em que vivemos. Mas sobre isto escrevo outro dia.

Hoje eu vou continuar com a série sobre “A Igreja de Cristo” através do estudo profético sobre as sete igrejas da Ásia. E agora é a igreja de Sardes, igreja que ocupa a posição de ser a segunda filha do casamento misturado. Para tanto, peço atenção no texto que se segue:

Apocalipse 3:1-6:
1 E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
2 Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
3 Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
4 Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.
5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Mesmo recebendo críticas de algumas pessoas que dizem que meus textos são muito erudito demais, eu vou continuar fazendo do mesmo jeito sempre.

E para te situar, vou falar mais uma vez de história. Então vamos lá:

Tiatira representava a igreja que conhecemos hoje como Igreja Católica Apostólica Romana. Igreja esta que dominou o mundo, por aproximadamente mil anos.

Nestes mil anos, a humanidade não produziu invenção alguma. Os campos artísticos e científicos ficaram estagnados.

E também, neste período, a crença em Cristo foi deturpada, criando uma religião que não agrada, em nada, ao nosso Senhor. (Estou falando isto tendo por base à própria Bíblia, tá?)

E como na profecia de Tiatira, existiram alguns que não se contaminaram com esta falsa crendice. E um dos mais proeminentes foi Martinho Lutero.

Este teólogo era abade de Wittenberg, na Alemanha. E ele era um padre contrário a toda enganação que a igreja católica realizava. E, em 31 de Outubro de 1517, ele chegou ao extremo.

Naquele dia, ele não abriu a igreja, e afixou um texto onde ele colocava 95 razões, baseadas na Bíblia, para que as pessoas não comprassem as famosas “indulgências”.

{Nota do Cavaleiro: Indulgência é, segundo a crença católica, a compra do perdão dos pecados. Durante este período, que coincide com a construção do Vaticano, a igreja tava vendendo muitos a torto e a direito, para ter verba para realizar a construção de tão magnífica obra. No estudo sobre Tiatira, há menção sobre o entendimento do Senhor sobre tais práticas.}

Tal atitude, por parte de Lutero, gerou um atrito gigantesco com a liderança do Papa, ocasionando o rompimento dele, e das pessoas que o seguiam, com a igreja católica, criando o movimento conhecido como “Reforma Protestante”.

O lema dos reformadores era “SOLA FIDES, SOLA GRATIA, SOLUS CHRISTUS ET SOLA SCRIPTURA”. Traduzindo do latim “SOMENTE PELA FÉ, SOMENTE PELA GRAÇA, SOMENTE COM CRISTO E SOMENTE SUA PALAVRA”.

A partir de então, a humanidade passou a viver tempos melhores, pois o cristianismo voltou a pregar a boa nova, que é salvação do homem por meio da fé em Jesus Cristo.

Uma vez que só a Graça Dele é requisito para a salvação da humanidade.

E a forma como os reformadores tratavam da palavra de Deus fez com que os pesados encargos do catolicismo fossem retirados de cima das nações que aceitavam a fé reformada.

{N.C: Muitos pensadores, como Weber, acreditam que os países mais ricos e poderosos do mundo só se tornaram o que são pelo fato de sua população ter aceitado e praticado a fé reformada. Porém isto não tem nada a ver com teologia da prosperidade, e sim com o fato de que, uma vez que o homem vivia sem a repressão que o catolicismo criava, se tornava mais livre para acumular conhecimentos e riquezas, algo que a igreja romana tratava como pecado.}

Ou seja, os reformadores foram os pastores que guiaram o rebanho de volta para a busca da verdade.

Só que, nesta busca pela verdade, foi-se negligenciados os sussurros do Espírito Santo no seu meio.

Assim, fica-se evidente o problema que as igrejas reformadas sempre tiveram: o discernimento para reconhecer a ação do Espírito Santo e a concessão dos Dons Espirituais.

Um dos primeiros países a aceitar a fé reformada foi à Alemanha. E, por conseguinte, os primeiros seminários teológicos reformados foram instalados lá.

{N.C: Lutero era alemão e Calvino era Suíço e foi educado na Áustria.}

Contudo, no século XVII, o iluminismo começou a sacudir a Europa no campo do pensamento humano, e na Alemanha surgiu a “Escola de Alta Crítica”. Uma corrente de pensamento que começou a aplicar a metodologia científica para o pensamento humano e movimentos sociais.

E, em decorrência de tal, as teorias sobre a “verdadeira” autoria da Bíblia e o Racionalismo Moderno proposto por eles para explicar os milagres descritos na Sagrada Escritura não foram rechaçados, pois não havia discernimento espiritual para resistir a tal.

E por ter rejeitado o Espírito Santo, também rejeitaram a Verdade.

Exposto a história, vamos a exegese.

A palavra Sardes significa “o remanescente”. Ou seja, esta igreja representa a igreja reformada, pois ela representa aqueles que não se contaminaram com o engano que a igreja católica trouxe a humanidade.

Já na primeira parte do versículo 1, Jesus se apresenta como o “Doador do Espírito Santo, fazendo a igreja de Sardes (igreja reformada) se lembrar Dele neste aspecto.

E neste versículo ele afirma que esta igreja está morta, pelo fato de negligenciar ao Espírito Santo.

Quando conversava com a mulher no poço, Jesus afirma o seguinte: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.(João 4:24) Ou seja, é mister que o adoremos de forma plena, sem restrições em nossas mentes, corações e espíritos.

No versículo 2, Jesus corrobora com tal entendimento, pois Ele vê as boas obras de Sardes como imperfeitas, já que as mesmas eram feitas sem a confirmação do Espírito Santo, uma vez que Ele foi negligenciado.

No versículo 3, Ele aconselha aos de Sardes de se lembrar do que tem recebido, guarda-lo e arrepender-se de seus erros.

Pode parecer uma imbecilidade o que vou falar, mas é a grande verdade sobre esta igreja em meu coração.

Sardes representa um segmento da igreja que trabalha, e trabalha duro, para diminuir a Deus e suas bênçãos a ponto de caberem, confortavelmente, em suas mentes. Sem gerar arrependimento, correção de caminhos ou mudança de vida. Pois os mesmos querem uma crença racional e palatável.

Geralmente, estas pessoas, quando enfrentam a provação, vêem que este Deus diminuído não é suficiente para os seus corações. Pode parecer não ter nada em comum, mas uma coisa que vemos crescer, e muito, nos últimos tempos é o número de crentes com depressão, síndrome do pânico...

Inconstantes quanto a sua fé, pois os mesmos não conseguem contemplar a presença de Cristo em suas vidas, uma vez que quem dá isso é o Espírito Santo.

Sem falar que Jesus, neste mesmo versículo, promete vir como um ladrão sobre esta igreja, haja vista que, por não receber o entendimento do Espírito Santo sobre as profecias, não saberão que momento Ele retornará. (E acredite, está próximo...)

Contudo, existe um remanescente em Sardes, que recebe este entendimento, os quais Ele terá prazer em apresentá-los a Seu Pai como filhos Dele.

Acredito eu serem as pessoas que, mesmo dentro de igrejas Sardes, sempre pedem direção ao Espírito de Deus, e sempre estão atentas a aquilo que ele tem para o orientar.

Eu vivi experiência parecida com esta profecia. Vi uma geração inteira de jovens de uma igreja ser desgarrada por falta de discernimento espiritual da liderança dela.

Mas imagino que será melhor quando eu relatar esta experiência quando eu estiver falando de Laodicéia, e lá você entenderá o porquê.

A Parábola do Tesouro Escondido descreve o entendimento de Cristo sobre as igrejas Sardes. Pois somente aquelas pessoas que, tendo encontrado um tesouro que estava oculto (o Espírito Santo) vendem tudo que tem (seus valores “culturais”) e compra aquele campo (vida plena com Deus, em espírito e em verdade, que é o perdão pelo Sangue e instrução pela Palavra e o Espírito), conhecerão ao Reino de Deus.

A Carta de Paulo aos Romanos (também conhecida como o Evangelho segundo Paulo) também contribui para nosso entendimento sobre as admoestações contra a igreja de Sardes.

Bem, queridos, vou ficando por aqui. Mas, antes vou fazer uma breve constatação.

Tiatira e Sardes, que são as duas filhas mais velhas do casamento misturado, representaram tudo que era o cristianismo do século XVI até o século XIX, quando houve um novo avivamento.

Mas sobre isto vou tratar na próxima postagem.

Fiquem na Paz do Senhor.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A Igreja de Cristo – Tiatira

Saudações, amigos da liga do bem...

Tudo bom com vocês?

Tirando um mal estar que me deu, estou muito bem, graças a Deus.

Hoje eu vou continuar com a série sobre “A Igreja de Cristo” através do estudo profético sobre as sete igrejas da Ásia.

Após o breve interlúdio que fiz, onde dei uma breve explicação sobre meu entendimento sobre estas profecias, vou falar sobre a primeira das quatro filhas do casamento misturado entre o paganismo romano e o cristianismo primitivo.

E a primeira é a igreja de Tiatira. Para tanto, peço atenção no texto que se segue:

Apocalipse 2:18-29:
18 E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente:
19 Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.
20 Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
21 E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.
22 Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.
23 E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.
24 Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei.
25 Mas o que tendes, retende-o até que eu venha.
26 E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,
27 E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai.
28 E dar-lhe-ei a estrela da manhã.
29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Eu gostaria de começar com a parte exegética novamente, mas como fiz na postagem sobre Pérgamo, vou ter que novamente, falar sobre a história da humanidade. Então vamos lá:

Lembram que eu falei como foi a criação da Igreja Católica Apostólica Romana, e a relação de tal com a profecia sobre a Igreja de Pérgamo, não é mesmo?

Pois bem. O cristianismo se tornou a religião oficial do império romano quando Teodósio I assumiu o poder. Ele fez isso numa tentativa de não perder as receitas decorrentes das doações e ofertas que os cidadãos romanos faziam aos templos pagãos. Digo faziam, pois nesta altura do campeonato, a maior parte da população do império era cristã. Embora que um cristianismo mentiroso, pois muito dos ritos e crenças pagãos foram “adaptados” sob uma nova roupagem “mais cristã”.

Assim, no lugar de “deuses” foram instituídos os “santos católicos”. Do culto da “mãe/filho” surgiu o marianismo... E por aí vai...

A instituição do cristianismo como religião oficial do império romano coincidiu com o declínio dele.
As tribos bárbaras ao norte da península itálica, que foram dominadas por muito tempo (como os germanos, gauleses, visigodos, vândalos, etc...) começaram e retomar seus territórios perdidos, e invadir a península itálica.

E por fim, em 476 d.C., os germanos, sob o comando de Odoacro, invadiram Roma, o que ocasionou o fim do próprio império romano.

E bem, a igreja não foi afetada por estes ataques bárbaros. E com o fim do império, ela se tornou a única instituição capaz de por ordem na zorra que se tornou a Europa neste período.

E assim, ela ganhou força, e colocou o ocidente numa completa ignorância por mais de mil anos, num período que chamamos de “Era das Trevas”.

Período este que só terminou no século 16, com o renascimento e a reforma protestante.

Agora, concluída a parte da história, vamos a parte exegética.

Tiatira significa “sacrifício contínuo”. A igreja católica tem como seu principal símbolo o “crucifixo”, onde está Jesus crucificado, sofrendo seu martírio em nome da humanidade. Contrariando a própria Bíblia, pois Paulo, João, Pedro, Tiago e Judas nos ensinam, através de suas epístolas, que Jesus foi o sacrifício perfeito e também RESSUSCITOU!

Pode parecer bobagem, mas diferente do que é pregado nas igrejas evangélicas, o sacramento da eucaristia, para os católicos, é se alimentar do corpo e sangue de Cristo, fisicamente falando, que se transubstituiu-se na hóstia consagrada. Ao contrário de nós, que fazemos isto, em memória Dele, para anunciar a Sua Volta.

Ou seja, embora ela se diga cristã, ela nega a ressurreição de Cristo, uma vez que seus sacramentos não remetem o homem a viver uma vida plena, sob a Graça que somente o Senhor pode nos dar.

A tudo isto que explanei agora, podemos remeter ao versículo 19, pois nele Jesus afirma que conhece as qualidades de Tiatira, e que as obras dela eram maiores que no começo.

O que vou falar agora pode soar como heresia e ultraje pra muito evangélico, mas somente graças à igreja católica é que o cristianismo hoje é conhecido no mundo todo, e se tornou a maior religião do mundo em número de adeptos. Tudo bem que um cristianismo deturpado, mas que pelo menos anunciou o nome Dele.

E Jesus reconhece este esforço.

Porém, no versículo 20, ele começa, como diria Silas Malafaia, a “descer o reio”.

Neste versículo, ele diz que esta igreja tolera Jezabel, e permite que ela ensine e engane os servos dele, fazendo com que eles se prostituíssem e comessem dos sacrifícios da idolatria. Para entender o que Cristo quis dizer, é necessária outra aula de história.

Lembram-se do que falei do culto da mãe/filho?

Pois bem. Esta doutrina religiosa, também conhecido como culto a “Rainha do Céu” teve sua origem nos tempos da fundação de Babilônia, ou melhor, da construção da Torre de Babel.

Ninrode, homem que idealizou a construção da torre, e fundador da cidade de Babilônia, casou com uma mulher chamada Semíramis. Eles tiveram um filho chamado Tammuz.

Contudo, ela odiava ao marido e mantinha uma relação incestuosa com Tammuz, e corrompeu este para que ele matasse o pai. Após a morte de Ninrode, ela começou a dizer que Tammuz era, na realidade, “filho do deus-sol” e que sua concepção ocorreu de forma sobrenatural, haja vista que, segundo ela nunca havia mantido relações sexuais com Ninrode.

Com a deflagração desta mentira, houve o surgimento da primeira religião falsa sobre a face da terra. O famoso culto da mãe-filho.

Prosseguindo com esta lenda, certa vez, enquanto caçava, Tammuz foi morto por um animal selvagem. Semíramis praticou luto por quarenta dias, e segundo a mesma lenda, após o pranto da mesma, o rei Tammuz foi levantado dos mortos e levado à companhia de seu verdadeiro pai, o deus-sol.

Assim, em decorrência desta lenda, foi criado na antiga mesopotâmia um culto celibatário e o seu sacerdote principal foi declarado infalível (Isto te lembra alguma coisa?).

A Ladainha (lamento dos 40 dias), a acha de Yule, a árvore sempre-verde (árvore de Natal), o visco (as guirlandas), os pãezinhos com cruz (hóstias) e as representações do nascimento de Tammuz (presépios) eram usados nos rituais que comemoravam o nascimento do mesmo, e assim teve início o culto da mãe/filho.

Este falso culto se alastrou por todo o mundo antigo. Todas as civilizações, de uma forma ou de outra, o incorporaram a suas práticas religiosas. A única exceção foi o povo israelita. Mesmo assim, muitas vezes os povos estrangeiros tentaram incorporar estas crenças no seio do reino de Israel. (Leiam os Livros de Juízes, os dois Livros de Reis, e os dois Livros de Crônicas).

Pode parecer bobagem, mas muitos povos têm o costume de construir presépios, por exemplo, mesmo não sendo cristãos.

Este falso culto chegou dentro do império romano por meio do paganismo romano, que era uma junção de várias crenças dos povos que eram conquistados.

E com o “casamento misturado” que ocorreu na igreja Pérgamo, adaptaram, erroneamente, este falso culto às pessoas de Maria e Jesus Cristo, e o catolicismo mantém essa crença até os dias de hoje, sem nenhuma alteração. Aliás, o marianismo, que é como esta doutrina se chama, é um dos principais pilares da crença católica.

Quando Jesus profetiza contra Jezabel, na realidade, ele profetiza contra este culto da mãe/filho criado por Semíramis, pois é ele quem engana aos servos Dele, fazendo com que eles se prostituam (espiritualmente falando) e comam dos sacrifícios da idolatria (conselho para vocês, minhas amigas solteironas: Bolo de Santo Antonio é fruto de idolatria! Se você comer, vai estar fazendo a vontade do coisa-ruim. Quer um conselho pra desencalhar? Ore a Deus, e pára de ficar sonhando com homens que não existem, e abram-se para que os homens cheguem em vocês.).

Outra interpretação sobre esta Jezabel pode ser também a própria Jezabel que foi esposa do Rei Acabe.

Vou contar um pouco a vida e obra desta também. Ela era filha do rei da Fenícia, que se casou com Acabe como fruto de um tratado que ele assinou com o pai dela.

Esta criatura ficou conhecida pelos conselhos que dava ao seu esposo. Foi por influência dela que ele adquiriu, de forma fraudulenta e desonesta, uma vinha que desejava, e fez com que o dono da mesma fosse executado (A igreja católica utilizou-se de estratagemas similares para adquirir a riqueza que possui.).

A dita cuja também foi a patronesse de 400 que ela introduziu no reino do Norte para ensinar ao povo a fé Baha’li (crença em Baal), que foram mortos por Josué no famoso “Desafio do Monte Carmelo”. (ou seja, Jesus a vê como a promotora da infidelidade decorrente da idolatria que tentaram introduzir no reino do norte).

Não adianta torcemos ou tentarmos suavizar algo que é fato. Deus abomina a idolatria. E ele promete irar-se contra aqueles que a incentivam, como fez com a “Jezabel histórica”, que morreu devorada por cães.

As crenças católicas, com seus inúmeros santos, a quem muitos católicos fazem petições, e trabalhos sacramentais que os seus adeptos devem fazer para alcançar a salvação não têm sustentação bíblica, e negam a suficiência do sacrifício que Nosso Senhor realizou na Cruz.

Sabe como a igreja católica é chamada? “A religião mais”.

Jesus mais Maria. Graça mais obras. Escrituras mais tradição...

Isto é ordenança divina: Dar glória pelas obras de Deus a qualquer coisa, ou pessoa, é adultério espiritual. E será castigado com punição severa.

Nos versículos 22 e 23, o próprio Cristo nos revela que Ele mesmo castigará a Jezabel (o “dark side” da igreja católica, vamos assim dizer) e a todos aqueles que, dentro dela, se prostituem com suas ideologias e práticas contrárias a escritura. Ou seja, ele recompensará cada um destes segundo as suas obras. Aqueles que insistem em ser julgados por suas obras terão seu desejo atendido.

Infelizmente, a ênfase nesta questão de obras religiosas turvou a verdadeira mensagem do evangelho até o ponto de que alguns católicos terem passado por toda sua vida sem ter conhecido o Senhor em sua base pessoal.

E para o engano destes, o Senhor os julgará de acordo com o que se passa em seus corações.

Já no versículo 24, Jesus afirma que, para aqueles que em Tiatira não aceitaram tais doutrinas, não será colocada outra carga, ou seja, eles não terão que fazer mais nada para alcançar a salvação. Apenas reter o que aprenderam até a volta de Cristo. Ou seja, não se apegar a rituais e doutrinas.

Precisamos, todos nós (incluindo eu, inclusive) entendermos que não é por causa do banco que ocupamos ou das boas ações que praticamos que somos a Igreja de Cristo. Somos a Igreja Dele porque cremos pela fé que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1Cor 15.3-4), sendo o sacrifício perfeito.

Mas, mesmo aqueles que reconhecem ser salvos pela Graça, têm suas listas de fazer e não fazer. Estes (grupo do qual faço parte), muitas vezes, entendem que sua idéia de crente através da lealdade que mantêm a esta lista, julgando aos outros por quão bem eles seguem estes mandamentos.

Quando falhamos nos voltamos para a Graça de Deus, mas não nos sentimos completos até retomarmos nossa lista outra vez, e fazer o que sempre fazíamos.

Esquecemos que Graça mais obras é igual a obras. Os dois são como óleo e água, não se misturam. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça (Rom. 4:5).

A parábola que se assemelha à carta a Tiatira é a Parábola do Fermento, onde uma mulher misturou fermento em três medidas de trigo. O fermento, neste caso, representa o pecado, e três medidas de trigo representam oferta de amizade. (Ou seja, um presente maldito, como o cavalo de tróia).

A carta de Paulo aos Gálatas se encaixa também, e podemos resumir sua idéia nos três primeiros versos do capítulo 3 da mesma, que abaixo transcrevo.

1 Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós?
2 Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
3 Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?

É isto aí gente. Espero que vocês tenham entendido bem a mensagem de Deus para Tiatira, ou melhor, igreja católica.

Não fiz nenhuma apologia a nenhuma denominação religiosa. Estou apenas trazendo aquilo que está escrito na escritura, e situando aquilo que está lá profetizado com a história.

Se te escandalizo fazendo isto, peço perdão, mas a verdade deve ser dita.

Até breve, amigos, onde vou falar sobre a Igreja de Sardes (E vou tomar mais porrada...)

Fiquem na Paz do Senhor.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A Igreja de Cristo – Interlúdio

Saudações, amigos da liga do bem...

Tudo bom com vocês?

Comigo anda tudo muito bem, graças a Deus. Esta série sobre as sete igrejas tem me feito muito bem, viu?

Mas hoje, diferente do que é usual, não vamos falar de nenhuma igreja. Você deve estar se perguntando: “Mas, cavaleiro, se a série é sobre as sete igrejas, porque você me faz uma postagem onde você não vai falar de nenhuma delas?”

Simples. Porque eu quero ser o mais didático possível, como também quero que vocês entendam o entendimento que eu tive, por meio do Espírito Santo, creio eu, desta passagem das escrituras.
Até agora, vimos três igrejas: Éfeso, Esmirna e Pérgamo.

Caso você se lembre ou não (e no caso da segunda opção, aconselho vocês a lerem as postagens anteriores), todas estas igrejas refletem a período dentro do império romano. Senão, vejamos.

A igreja Éfeso foi aquela que surgiu no século 1º. Foi a Igreja cujos fundadores andaram com Cristo, ou com os Apóstolos. E, embora ela tinha uma pregação genuína e coerente com o que lhe foi passada, era muito preocupada com as obras, e se esqueceu de seu primeiro amor, que foi, justamente seu encontro com Cristo. Foi uma igreja que sofreu com a tentativa de infiltrarem “doutrinas estranhas” no seu meio, mas conseguiu se defender destes.

A igreja Esmirna foi aquela que durante os séculos 2, 3 e 4 comeu, literalmente, o pão que o diabo amassou. Foi difamada, marginalizada, perseguida e também martirizada. Mas, mesmo sofrendo esta intensa perseguição, ela se manteve fiel, e com isso, fez com que sua influência no mundo aumentasse cada vez, o que ocasionou no crescimento da igreja cristã dentro do império, chegando inclusive, a corte.

E a igreja Pérgamo foi aquela que, a partir de meados do século 4 em diante, abraçou as idéias e doutrinas oriundas do paganismo romano, transformando o culto a Deus em algo estranho ao Próprio.

Caso vocês perceberam, nestas três primeiras cartas, Jesus não fala, em nenhum momento, sobre salvação, ou sua segundo vinda. Muito menos, ele dá a entender sobre coisas que acontecerão no futuro.

Diferente das próximas quatro cartas, já que elas têm este enfoque.

Assim, após muito orar, e buscar a orientação de Deus, concluí que as próximas quatro cartas seriam cartas para igrejas futuras!

Só que futuras na perspectiva de quem escreve! Ou seja, para o futuro de João!

Levando-se em conta que ele escrevia dentro do império romano, ele só podia estar se referindo a igreja (ou igrejas) que surgiriam após o fim do império romano.

Assim, entendo eu, que ele se referia às igrejas que haveriam de surgir, na visão que Cristo deu a ele, em sua época. As igrejas que existem, hoje, em nossa época.

Assim, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia seriam os quatro arquétipos proféticos de igrejas, e porque não, crentes, que temos hoje.

Arquétipos estes que vou estar tratando com maior particularidade, do mesmo jeito que meu mentor me ensinou, e meu Senhor me comissionou a fazer.

That’s all, folks! See you later…

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Igreja de Cristo – Pérgamo

Saudações, amigos da liga do bem...

Tudo bom com vocês?

Estou muito motivado com esta série sobre As Sete Igrejas da Ásia...

O simples fato de poder escrever sobre a palavra de Deus, trazendo um pouco dos meus conhecimentos, nestes tempos tenebrosos, a fim de edificar a todos que lêem estes estudos, me faz sentir muito feliz e abençoado.

Principalmente agora que, ao que tudo indica, Deus já fisgou o queixo de Gogue...

Mas isto é assunto para uma outra série de estudos (A não ser que o conflito na Ossétia se intensifique)...

Mas, por enquanto, vamos continuar com a série sobre as cartas. E hoje, vamos falar sobre Pérgamo.

Para tanto, peço que prestem atenção no texto que segue:
Apocalipse 2:12-17:

12 E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios:
13 Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
14 Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem.
15 Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.
16 Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.
17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.

Depois de lido o texto, agora a explanação.

Mas hoje, vou fazer a coisa de um modo bastante diferente. Em vez de fazer uma explanação exegética, vou relatar um pouco da história universal, pois acredito que isto será mais didático.

Então vamos lá...

Na postagem anterior, eu relatei para vocês o que, profeticamente falando, significava a igreja de Esmirna, e a intensa perseguição que ela sofreu durante mandato de dez imperadores romanos, que totalizou, aproximadamente, 250 anos de opressão.

E como eu disse também, aquela igreja, com seu testemunho fiel, venceu a todas tentativas violentas de silencia-la. Só que, eu disse também, isto não foi muito bom (mesmo dentro do plano de Deus)...

Com o crescimento da igreja cristã dentro do império romano, muitas das pessoas da alta sociedade começaram a se converter também. E uma destas pessoas foi o General Constantino.

Este general, que mais tarde se tornou imperador, em decorrência de uma guerra civil, foi o primeiro imperador cristão que o império romano teve.

A partir daí, o cristianismo, que era tratado como uma seita destinada apenas à marginalidade dentro da sociedade, se tornou religião autorizada dentro do império romano.

Isto fez com que muita gente dentro do império procurasse as comunidades cristãs, com o intuito de se “converter”.

Contudo esta conversão não era genuína, o que fez com que muitos destes “novos cristãos” não abandonassem as antigas práticas do paganismo romano.

Com isto, necessitando aumentar as receitas do império (já que, com o aumento considerável no número de cristãos, que se tornaram a maior parcela da população, e conseqüente redução de pagãos, houve redução da arrecadação de oferendas nos templos oficiais), o imperador Teodósio realizou o famoso concílio de Milão, em 351 d.C.

Foi neste concílio que foi instituída a Igreja Católica Apostólica Romana.

Brincou... Você não sabia disto? Achava que a igreja católica tinha sido criada pelo apóstolo Pedro, depois que Jesus lhe deu as “chaves do céu”?

Desculpe dizer isto, mas é tudo história da carochinha. Assim como muitos dos ritos e rituais que existem na igreja católica romana...

Feriados como o Natal, o Carnaval, a Páscoa e o dia de Finados foram instituídos neste período, pois os mesmos eram festas do paganismo romano. Mais precisamente, as festas em homenagem a Apolo (Deus-Sol, filho de Júpiter, que é o líder de todo o panteão romano. Deus este que morre e renasce para trazer a boa dádiva da luz e calor para toda a humanidade. Em sua festa, as pessoas presenteavam-se umas as outras para comemorar esta dádiva); Baco (deus das festas, bebidas, e luxúria. A festas em homenagem a ele eram feitas com muita bebida, música alta e sexo sem compromisso); Ceres (deusa da agricultura e da fertilidade. Sua avatar, que seria a encarnação desta deusa na terra, era um coelho, que presenteava a todos com ovos multicoloridos); e Plutão (deus dos mortos. Nesta festa, as pessoas deveriam ir visitar os túmulos de seus antepassados e lembrar deles para que estes não viessem a se tornar almas penadas).

E como já é sabido de quem costuma ler sobre as histórias dos povos, o paganismo romano originou-se com a fusão das crenças religiosas de vários dos povos que foram anexados a eles através de suas conquistas militares.

E muitas destas crenças tiveram origem no antigo oriente médio. Exemplo disto, a festa em homenagem a Apolo teve origem na Saturnália (pois nesta festa, comemoravam a morte e o renascimento do sol no solstício de inverno, por meio de uma “árvore sempre verde”). E a festa a Ceres teve origem com a celebração a Ishtar (deusa babilônica da fertilidade, cujos símbolos eram o coelho e os ovos!).

E tais crenças tiveram suas origens em crendices acessórias ao culto da mãe/filho, que foi a origem de tantas blasfêmias que o povo de Israel realizou contra Deus quando da existência do antigo Reino de Israel, pois o próprio Deus considerava este tipo de culto como adoração à Satanás.

E a Babilônia foi, durante aproximadamente dois mil anos de história, o quartel-general do culto da mãe/filho. Contudo, com o declínio do império helênico de Alexandre Magno, a base deste culto passou a ser a cidade de Pérgamo, e depois do edito de Milão, Roma.

Terminado este breve relato sobre a história das religiões, vou retornar a interpretação do texto.

A palavra Pérgamo significa casamento misturado, e representa esta mistura com as práticas pagãs e o cristianismo nesta época da história da humanidade.

No versículo 12, Jesus afirma que sua Palavra, e somente ela, é a fonte da verdade, pois a espada de dois gumes é o que a representa.

No versículo 13, o próprio Cristo reconhece que esta igreja afirma trabalhar em nome Dele, e que ela nunca o negou, mesmo tendo alguns membros que foram martirizados.

Contudo, no versículo 14, Jesus afirma que nesta igreja tinham pessoas que seguiam a doutrina de Balaão. Para entender o que isto significa, aconselho que vocês leiam os capítulos 22, 23, 24 e 25 de Números. Pois lá conta a história de tal doutrina. E com relação à doutrina dos nicolaítas, que ele novamente cita no versículo 15, estas eram uma série de práticas que traziam a imoralidade e promiscuidade para o seio da igreja.

E como já disse, quando eu falei da carta de Éfeso, Cristo odeia a falta de caráter, e embora isto não requisito para se perder ou conquistar a salvação, ele espera que tenhamos uma boa conduta, eticamente falando.

No versículo 16, ele pede para que estes se arrependessem antes que ele viesse contra estes, e batalharia com eles usando a própria Palavra.

E quem, dentro desta igreja, vencesse a este desafio proposto, ganharia um voto de confiança dele, que representa o maná escondido, como também a pedra branca.

Após o prévio bombardeio de informações que te passei, e minha breve exegese do texto, você já sacou que Cristo está pegando no pé desta Igreja por ela ser conivente com a idolatria.

Idolatria que destrói com o relacionamento de Deus conosco. Que nos faz endurecer nossos corações e nos perdermos na boa caminhada.

Esta idolatria pode estar estacionada na garagem da sua casa... No espelho do seu banheiro quando você acorda... Na sua conta bancária...

Até mesmo este guerreiro da última hora luta contra a sua própria idolatria, que está na minha estante... Por muito tempo, cometi o erro de superestimar a minha coleção de livros e revistas, a ponto até de cultua-las. E luto até hoje para tirar tais sentimentos do meu coração...

E ainda hoje, temos muita idolatria dentro da igreja. Em alguns casos, vemos até algumas igrejas incorporarem ainda mais rituais estranhos sob o pretexto de estarem fazendo a vontade de Deus. (Desculpa quem vai e acredita, mas banho e sal grosso na sessão do descarrego é demais pra mim...)

E esta idolatria, que nos faz, muitas vezes, perdermos as bênçãos que o Senhor tem para nossa vida.

A parábola da Semente de mostarda nos fala de uma pequena semente que cresce como algo que ela jamais deveria ser, e é uma profecia do que pode acontecer quando o mundo e a igreja são misturados. E a carta de Paulo aos Coríntios é um paralelo óbvio, já que esta a igreja mais mundana de todas que Paulo escreveu.

Este casamento misturado deu origem a quatro filhos. Um digno de honra, dois de crítica e um de desonra. Estes filhos são as próximas quatro cartas, cujos frutos perduram até os dias de hoje.

(Eu sei que vou apanhar de muita gente, mas...)

Vou escrever sobre eles nos próximos posts.

Até mais, amigos da liga do bem.

Fiquem na Paz do Senhor.