sexta-feira, 9 de maio de 2008

Tempos Difíceis – Parte V (O Cavaleiro Negro)

Saudações, amigos da liga do bem!

Tudo bom com vocês?

Eu ando muito feliz!

Confesso para vocês...

Nunca senti a presença do Senhor na minha vida tão forte como nestes dias. Justamente no período mais tenebroso que já passei, mas com certeza está sendo o mais abençoado, pois Ele está me ensinando a viver as tempestades da minha vida conforme a vontade Dele, e não a minha. E isto está sendo maravilhoso.

Mas, como o assunto aqui é escatologia, vamos continuar com a série “Tempos Difíceis”. E hoje vamos falar sobre o terceiro cavaleiro, que também conhecido como “cavaleiro negro”.

Porém, como de costume, vamos a leitura da palavra de Deus:

Apocalipse 6: 5 e 6

5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha (1) uma balança na mão.
6 E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e (2) não danifiques o azeite e o vinho.

E como já faz parte da sistemática que estamos utilizando, vamos ver também estes textos:

(1) Mateus 24:7 - Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.

(2) Apocalipse 7:3 - Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.

Apocalipse 9:4 - E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus.

Como já disse em outros posts anteriores, quando tratamos destes quatro cavaleiros, devemos prestar atenção aos símbolos e o que eles representam.

E quando lemos sobre este cavaleiro, confesso a vocês, minha alma fica extremamente irrequieta. E quando eu concluir meu raciocínio, vocês verão que não é sem motivo.

Este cavaleiro tem uma balança na mão. A balança sempre foi utilizada como instrumento de medição, e não de julgamento. E a ele foi dada uma ordem: que uma medida de trigo custe um dinheiro, três medidas de cevada por um dinheiro, e que o azeite e o vinho não seja danificado.

Eu já ouvi muitas explicações diferentes sobre este cavaleiro e esta ordenança que ele recebe.

E a mais lógica é a definição de que ele representa o caos econômico que o mundo está na iminência de entrar...

Desde que o homem começou a viver em civilização, ele sempre procurou facilitar sua vida e viver em sociedade. Com isto, surgiu o escambo, que é o sistema de comércio onde existe apenas a troca de mercadorias. Ou seja, seu eu produzo arroz, e meu vizinho feijão, eu troco uma parte do meu arroz por parte do feijão dele. Assim surgiu o comércio.

E o comércio, na antiguidade surgiu com este princípio. De ser uma ferramenta de socialização humana. E nas culturas mais ancestrais, é muito comum vermos este tipo de comportamento. Quer um exemplo disto: se você for a uma das feiras em Marrakesh e não pechinchar, isso é considerado uma ofensa por parte do vendedor. Mesmo se você tiver dinheiro pra comprar o objeto que ele vende. E isto acontece porque é por meio da pechincha que ele vai fazer amizade com você. E desde antigamente é assim...

Com tudo, advindo a “modernização” das relações humanas, e o dinheiro como mecanismo de troca e mais tarde como patrimônio, o comércio perdeu esta função e, como tudo no mundo, se transformou numa ferramenta de opressão. E a pretensa “globalização” tornou pior tal relacionamento.

E é aí que começa a cavalgada do cavaleiro negro...

Pela descrição constante na Bíblia sobre ele, esta balança simboliza o comércio e a riqueza em si. Ele é responsável por regular esta relação...

E na abertura do livro da revelação, ele recebe uma única ordem. Traga miséria e pobreza ao mundo, mas na para todos.

Tal assertiva pode ser feita com um simples exercício de hermenêutica. No original grego, a palavra originária para ‘medida’ é choinix, e esta palavra significa ‘um quarto’. E o denário é o termo que designa o salário mínimo da época, que era uma moeda de cobre com a imagem de César, pois era o que era pago por um dia de trabalho.

Logo podemos traduzir a ordem dada pelos serem viventes da seguinte forma: “Cavaleiro Negro, vá e faça que 250g de trigo custe um dia de trabalho, ou que 750g de cevada valham a mesma coisa.”

Vocês entenderam o que esta tradução significa?

Que a economia mundial vai entrar num colapso muito grande. Tão grande que a maioria do povo vai ter de trabalhar só pra comprar o que comer. Mas os ricos sempre existirão. Esta aí o porque de não ser danificado o vinho e o azeite.

E vocês podem ver hoje em dia que falta muito pouco para o mundo mergulhar num cenário como este. Basta o sistema bancário americano entrar em colapso...

E podem crer isso não vai demorar acontecer...

Basta acompanhar os noticiários.

(mudança de planos...)

Porém, enquanto eu meditava sobre este texto, me veio uma coisa a mente. A relação entre o trigo e a cevada neste texto...

Confesso pra vocês que não sou um especialista no que diz respeito à agricultura. Nasci e sempre vivi na cidade grande. Todo o conhecimento que tenho nessa área é teórico...

Porém, sei pra que serve muitas das culturas agrícolas... E o trigo serve pra muitas coisas, mas basicamente pra alimentação.

Porém, a cevada serve pra quê?

Que eu saiba, a cevada só serve pra fazer cerveja...

E aí, parado pra raciocinar e meditar sobre este texto, me veio uma coisa a mente: vocês já reparam que hoje em dia é mais fácil comprar bebida alcoólica que comida?

É verdade!

A oferta de bebida, e não só de bebida, como de drogas tem aumentado muito nos últimos tempos. Praticamente em qualquer lugar hoje você encontra algum destes tipos de substância. Até no meio das comunidades religiosas.

E aí que me veio este outro entendimento: O cavaleiro negro não seria o cavaleiro da fome, e sim das drogas e vícios.

Digo isso por causa de uma única coisa. O último trecho da profecia fala em conservar o vinho e o azeite.

O vinho, na simbologia que o próprio Cristo instituiu com a Ceia, é o próprio sangue dele. E o azeite é símbolo da unção que Deus dá a aqueles a quem ele envia para uma obra específica.

Todos os grandes nomes da Bíblia foram, em algum momento de suas vidas, ungidos com azeite.

Assim, eu chego a conclusão que a ordem que este cavaleiro recebe é a de espelhar os vícios sobre a face da Terra, contudo, ele não deve atacar aqueles que se lavaram no Sangue do Cordeiro e foram agraciados com o Espírito Santo, que são as pessoas que não se contaminam com os vícios.

Esta é a minha interpretação.

Como disse antes, não sou nenhum dono da verdade. Apenas procuro transmitir o pouco que aprendi sobre as profecias bíblicas...

Peço a quem ler este post que comente sobre esta interpretação que me foi entregue pelo Espírito Santo de Deus (acredito eu).

Até mais, amigos da liga do bem, quando retornarei com o cavaleiro do cavalo amarelo.