quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A Igreja de Cristo - Esmirna

Saudações, amigos da liga do bem...

Tudo bom com vocês?

Continuando com o projeto “A Igreja de Cristo”, vou começar a falar sobre a Igreja de Esmirna.
Para tanto, peço que prestem atenção no texto que segue:

Apocalipse 2:8-11:
8 E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu:
9 Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.
10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.


Depois de lido o texto, vamos a parte exegética...

A palavra grega que deu origem a este nome significa esmagada.

Só por isto se percebe a quem o Senhor se refere quando fala desta igreja. Ele se refere à segunda igreja, ou a igreja que sofreu a perseguição do império romano.

Uma igreja que foi esmagada, para que dela fosse liberado o que ela tem de melhor. Assim como a mirra, que é uma erva balsâmica que, para exalar seu saboroso perfume, precisa ser esmagada.
Já na sua apresentação, que se encontra no versículo 8, Cristo já afirma que Ele é quem venceu a morte, pois foi morto e reviveu.

Logo, ele é o único capaz de conceder as pessoas à benção suprema, que é a vida eterna.

Corroborando com um grande ensinamento dos antigos: “Ninguém pode dar o que não possui”.
No versículo 9, Ele afirma aos membros desta igreja que conhecia as ações, os problemas, a falta de recursos materiais e os constantes ataques promovidos por pessoas que afirmam estar agindo “em nome de Deus.” E no versículo 10: Ele exorta a esta igreja para que ela ficasse fiel, pois ela iria sofrer uma intensa perseguição por mais dez dias.

Nos voltando um pouco para a história, podemos entender muito bem quem foi esta igreja no mundo.

Esta igreja representa a igreja que foi perseguida pelas blasfêmias proferidas pelos judeus e martirizada durante os séculos 2, 3 e 4 por dez imperadores romanos.

Existiam duas linhas de oposição ao Cristianismo: a popular e a erudita.

A oposição popular estava baseada em rumores e falsas interpretações dos ritos cristãos.

Pela boataria criada por alguns segmentos judeus, que na realidade eram sinagoga de Satanás, como afirma Jesus no versículo 9, era comum entre o povo que os cristãos participavam de festas onde havia orgias com incestos, inclusive, interpretando mal o fato de os cristãos se chamarem de irmãos e praticarem o “ágape”. Cria também o povo que os cristãos comiam a carne de recém-nascidos, isto devido ao que ouviam falar sobre a Ceia, na qual comiam a carne de Jesus, juntamente com os relatos do nascimento de Cristo.

Já os homens cultos da época, também influenciados pelas “sinagogas de Satanás”, faziam acusações a partir da própria crença dos cristãos, tais como: “Por um lado dizem que seu Deus é onipotente, que é o ser supremo que se encontra acima de tudo. Mas por outro, O descrevem como um ser curioso, que se imiscui com todos os assuntos humanos, que está em todas as casas vendo o que se diz e até o que se cozinha. Esse modo de conceber a divindade é uma irracionalidade. Ou se trata de um ser onipotente, por cima de todos os outros seres, e, portanto, apartado deste mundo; ou se trata de um ser curioso e intrometido, para quem as pequenezas humanas são interessantes.”

Ao povo da época, em geral, a Igreja respondeu chamando-o a ver a conduta moral dos cristãos, muito superior à dos pagãos.

Aos cultos e letrados, a igreja respondeu através dos Apologistas: Discurso a Diogneto, Aristides, Justino Mártir, Taciano (Discurso aos gregos), Atenágoras (Defesa dos Cristãos e Sobre a Ressurreição dos Mortos), Teófilo (Três livros a Autólico), Orígenes (Contra Celso), Tertuliano (Apologia), Minúcio Félix (Otávio).

Contudo, tal boataria provocou vários períodos de intensa perseguição aos cristãos deste período, por alguns dos imperadores romanos. O que, acredito eu, ser a referência aos dez dias de tribulação que a igreja cristã, iria sofrer. Já que foram dez os imperadores que impuseram maior perseguição a Igreja.

São estes os imperadores romanos que promoveram intensa perseguição a Igreja cristã durante este período:

Nero (54 – 68 d.C.) – ateou fogo na capital do império e colocou a culpa nos cristãos;

Domiciano (81 – 96 d.C.) – entre 90 – 95 d.C., moveu curta, mas feroz perseguição aos cristãos;

Trajano (98 – 117 d.C.) – estabeleceu a política que norteou as perseguições ao cristianismo: o Estado não deveria gastar seus recursos caçando os cristãos, mas os que fossem denunciados deveriam ser levados ao tribunal e instados a negar a Cristo e adorar os deuses romanos. Quem não o fizesse deveria ser condenado à morte;

Antonino Pio (138 – 161 d.C.) – Simeão e Inácio foram mortos neste período;

Marco Aurélio (161 – 180 d.C.) – Policarpo e Justino, o Mártir, foram mortos neste período;

Séptimo Severo (193 – 211 d.C.) – Perpétua e Felicitas foram mortos neste período;

Valeriano (253 – 268 d.C.) – Cipriano e Sexto foram mortos neste período;

Décio (249 – 251 d.C.);

Diocleciano (284 – 305 d.C.);

Galério (305 – 311 d.C.);

O mais estranho, aos nossos olhos, é que, para a Igreja daquele período, o Senhor não promete livramento, mas ele confirma a vida eterna daqueles que perseverassem até o fim, pois eles não iriam receber o dano da segunda morte, como fala os versículos 10 e 11.

Como o próprio nome, a Igreja do período Esmirna foi a que vivenciou o maior período de perseguições contra a igreja cristã que se tem notícia. Esta Igreja foi perseguida para que todos nós tivéssemos hoje o testemunho de pessoas que foram fiéis a Cristo até a morte. E é este testemunho que tem inspirado e motivado a muitos de nós permanecermos fiéis à causa de Cristo.

Pois, graças a Deus, vivo com uma família onde todos são crentes, verdadeiramente servos de Deus, e que vivem segundo a vontade e a palavra de Cristo.

Porém, vejo a luta que vive minha namorada, por exemplo. Pois na família dela, ela é a única que procura servir verdadeiramente a Cristo, mas a perseguição que seu pai impõe contra ela e a mãe, que também procurava agir como serva de Deus, fez com que minha sogra desistisse dos caminhos do Senhor, e tem feito, inclusive, minha namorada perder a motivação de lutar pela causa de Cristo. Como a muitos outros de meus amigos e conhecidos, que se encontraram com Jesus, mas as tribulações fizeram com que eles desistissem do fiel caminho.

Eu oro para que Deus toque no coração dele, antes que ele venha sofrer o que está destinado a ele em sua velhice.

Sem falar dos milhões de irmãos nossos que estão, em vários cantos do mundo, sendo mortos, aleijados e martirizados para levarem a palavra de Deus a toda criatura. Pode parecer absurdo, mas nos últimos 10 anos, mais de 10 milhões de pessoas foram mortas pelo fato de, simplesmente, professarem sua fé em Cristo, e se manterem fiéis a Ele.

A parábola do joio e do trigo e a carta de Paulo aos Filipenses, cujo tema é a alegria no sofrimento, trazem idéias semelhantes ao que existia nesta igreja.

Para a glória do Senhor, o testemunho fiel da Igreja, durante o período Esmirna, fez com que o império romano desistisse com a perseguição.

Porém, isto não foi tão bom para a Igreja como vocês devem estar imaginando...

Mas isto fica para próximo estudo, onde vamos falar da Igreja de Pérgamo.

Abraços, meus queridos, fiquem na Paz do Senhor.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A Igreja de Cristo - Éfeso

Saudações, amigos da liga do bem...


Tudo bom com vocês?


Como eu havia planejado, estou dando início ao projeto “A Igreja de Cristo”, onde vou falar sobre as sete igrejas da Ásia, e as implicações proféticas disto.


E vamos começar a falar sobre a Igreja de Éfeso.


Para tanto, peço que prestem atenção no texto que segue:


Apocalipse 2:1-7:


1 Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:

2 Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.

3 E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.

4 Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.

5 Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.

6 Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.

7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.


Pois bem. A palavra grega que deu origem a este nome significa querida, amada ou companheira escolhida.


Só por isto se percebe a quem o Senhor se refere quando fala desta igreja. Ele se refere à primeira igreja, ou comumente conhecida como “Igreja Primitiva”. A igreja que foi formada pelos primeiros companheiros dEle.


No livro de Atos dos Apóstolos podemos ver algumas das dificuldades que esta igreja enfrentou, e a postura que esta igreja teve para enfrenta-las.


E como se percebe, ela foi uma igreja vitoriosa no enfrentamento daqueles que pretenderam contamina-la com falsos ensinos. Daí o porquê da menção honrosa dos versículos 2 e 3, já que ela também era diligente no trabalho.


Contudo, por ser tão preocupada com o trabalho nas coisas do reino, ela começou a esquecer de seu próprio relacionamento com Jesus. E Ele, preocupado com isso, fez questão de criticá-la, como está descrito no versículo 4.


E no versículo 5, Ele faz uma importante admoestação, pois Jesus mesmo afirma que, caso aquela igreja não retornasse ao seu primeiro amor, o castiçal dela seria removido, ou seja, ela não mais seria igreja dEle.


Porém, no versículo 6, ele afirma que gosta da postura moral que ela mantém, já que esta igreja odiava as obras dos nicolaítas, as quais ele também odiava.


E quem, daqueles que está dentro desta igreja, vencesse este seu desafio, comeria da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.


Pois bem, depois deste breve exercício de hermenêutica, vamos as reflexões:


Eu sou membro de uma igreja de teologia mais tradicional. E lá, encontro uma maior sobriedade e seriedade para com as coisas de Cristo. É muito difícil ver algum dos membros “fazendo macaquices” o “proferindo profetadas” se dizendo estar sob a influência do Espírito Santo.


E, sabe meus amigos, eu adoro isto. Acredito que as coisas de Deus devem ser tratadas com seriedade.


Porém, eu vivi, (e vivo ainda) neste dilema que atacou a igreja de Éfeso. Muitas vezes, nas atividades que a igreja promove, vejo uma preocupação excessiva com formas, roteiros e esquemas, e aquilo que é o principal, que é busca pela presença de Jesus e a ação do Espírito Santo, são jogados para escanteio.


E sabe, isto acaba sendo muito frustrante. Em uma de nossas atividades, que é um trabalho específico na evangelização de jovens, vejo isto constantemente acontecer.


Mas não quero ficar falando de nada, só usei um exemplo daquilo que está do meu lado para ilustrar a explanação que o próprio Cristo fez.


E sabe o que, pelo menos eu, acho extremamente engraçado? É o versículo 6. E para vocês entenderem a piada é necessário uma explicação antes.


Os nicolaítas eram uma seita que pregava a junção entre o cristianismo e o paganismo. Ou seja, eles queriam introduzir a imoralidade sexual e os ritos sacrificiais do paganismo romano no seio da igreja cristã.


E Jesus não queria, e ainda não quer, isto no seio da igreja.


Taí o que eu chamo de humor de Jesus. Ele entende que o homem deve manter uma certa pureza moral e ética, mas ele mesmo não vê isto como essencial no relacionamento entre Ele e o homem.


Engraçado, né?


E tem muito pregador que prega justamente o contrário!


Gente. Entenda uma coisa. Jesus não quer atividades, não quer projetos, não quer gente moral mente irrepreensível...


Ele quer corações puros. Firmados na sua Palavra. E que tenham consciência da dependência d'Ele. Como Ele mesmo fala na parábola do semeador. E que, por sinal, é o tema da Carta de Paulo aos Efésios.


Bem, amigos, eu vou ficando por aqui. Até a próxima, onde eu vou estar falando sobre a igreja de Esmirna.


Fiquem na Paz do Senhor.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A Igreja de Cristo - Introdução

Saudações, amigos da liga do bem...

Tudo bom com vocês?

Finalmente concluí minhas reflexões sobre “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.”

E confesso, muita coisa ainda tenho para falar para vocês tudo que eu aprendi, seja com as aulas de meu antigo mentor, ou mesmo com o entendimento que o Espírito Santo me deu.

Ainda mais agora com todos os últimos acontecimentos dos últimos dias, como a guerra entre a Geórgia e a Rússia e a implantação do cadastro unificado de todos os cidadãos do Brasil, uma tendência mundial. E o duro é saber que estes acontecimentos são fatos que acontecem nos nossos dias que apontam para o tempo final, conforme profetizado nas sagradas escrituras.

Contudo, eu já disse em outras postagens que eu estou aqui pra compartilhar o pouco que sei com vocês sobre profecias.

E a partir desta postagem, vou estar tratando com vocês um dos textos que mais me intrigam no livro do apocalipse: As cartas as sete igrejas.

Estas cartas estão escritas nos capítulos 2 e 3 do livro do Apocalipse na Bíblia. Estas igrejas seriam igrejas localizadas nas cidades de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Todas estas igrejas estão localizadas na antiga província romana da Ásia Menor. Região esta hoje que compreende a atual Turquia. Taí o porquê de que serem cartas enviadas as sete igrejas da Ásia.



Mas por qual motivo Deus escolheu justamente estas sete igrejas? Economia? Uma vez que estas igrejas ficavam numa mesma região, o que deixaria mais barata a postagens das mesmas? Ou será porque João conhecia apenas a estas igrejas?

Digo para vocês: nem por uma coisa nem por outra. Ele as escolheu justamente por elas encarnarem “arquétipos proféticos”. (Esta expressão foi criação minha... “binita, né”?)

Para entender como isto funciona, é só prestar atenção no livro do profeta Jeremias. Muitas vezes ele não só profetizou, ele viveu de uma forma que ilustrasse a profecia.

E estas igrejas viviam de uma forma que ilustram aquilo que o Senhor queria apresentar ao seu povo, que seria os sete tipos de igreja que iriam surgir a partir da instauração do Seu Reino na Terra.

E o mais cabuloso é que, depois de muito meditar nas escrituras, percebi que estas sete cartas fazem referências as sete Parábolas do Reino, que proferidas por Jesus e que Mateus registrou no seu evangelho, no capítulo 13, como também as sete cartas que Paulo escreveu endereçadas a igrejas também.

Você deve achar que eu pirei agora, já que Paulo escreveu 13 cartas, não é verdade?

Só que destas cartas, 4 foram endereçadas para indivíduos específicos e 2 eram segundas cartas que foram escritas para igrejas que ele já havia enviado.

E é sobre estas cartas que estaremos refletindo nas próximas postagens. E se você concordar comigo, vai perceber que o Senhor já sabia do que estava para acontecer.

Mas vou terminando esta postagem por aqui. Em breve retornarei com a carta para Éfeso.

Abraços meus amigos, até mais.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Tempos Difíceis – Conclusão

Saudações, amigos, tudo bom com vocês?

Eu estava devendo a conclusão da série “Tempos Difíceis”, não é mesmo?

Pois bem aqui vai ela.

Durante meus breves escritos, eu recebi críticas de muita gente, pois os mesmos acreditam que eu estou “viajando”, ou mesmo variando, pois muitas das coisas que eu escrevi não estão de acordo com a “escatologia oficial”.

E sabe, gente, não é minha preocupação fazer com que eu pense seja um dogma intransponível. Aliás, caso vocês não saibam, o próprio Jesus Cristo condenou isto nos fariseus, e acredito que Ele ficaria extremamente descontente com servos seus que tem o mesmo tipo de idéias.

Porém, eu escrevi esta série para que você, que teve a curiosidade de ler, ficasse realmente incomodado com muito das coisas que escrevi aqui.

E oro, com todas as minhas forças, para que isto tenha realmente acontecido. Que você tenha parado para pensar em muitas das coisas que escrevi, e no que isto tem afetado sua vida.

Porém, a partir de agora, pretendo me aprofundar mais nos estudos escatológicos e mostrar para vocês que a meia-noite vem chegando mais rápido do que vocês imaginam.

Abraços meus amigos, até mais.