Saudações, amigos da liga do bem.
Por mais um dia eu não vou perguntar se está tudo bem, pois não está.
A coisa no Japão está indo de mal a pior, haja vista que as autoridades japonesas não estão conseguindo estancar com o vazamento da usina de Fukushima, e agora, parece que a radiação chegou até a cidade de Tóquio.
As autoridades européias estão dizendo que o Japão passa por um “apocalipse”. (Embora eles estejam usando o termo incorretamente, mas tudo bem...)
Porém, eu ando mais preocupado mesmo é com a situação das revoltas no Oriente Médio por causa da profecia existente nos capítulos 38 e 39 do livro de Ezequiel.
E hoje, eu vou começar a falar sobre tal profecia. Por causa disso, peço que vocês leiam Ezequiel 38.1-13, que a seguir transcrevo:
1 Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: 2 Filho do homem, volve o rosto contra Gogue, da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal; profetiza contra ele 3 e dize: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal. 4 Far-te-ei que te volvas, porei anzóis no teu queixo e te levarei a ti e todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos de armamento completo, grande multidão, com pavês e escudo, empunhando todos a espada; 5 persas e etíopes e Pute com eles, todos com escudo e capacete; 6 Gômer e todas as suas tropas; a casa de Togarma, do lado do Norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo.
7 Prepara-te, sim, dispõe-te, tu e toda a multidão do teu povo que se reuniu a ti, e serve-lhe de guarda. 8 Depois de muitos dias, serás visitado; no fim dos anos, virás à terra que se recuperou da espada, ao povo que se congregou dentre muitos povos sobre os montes de Israel, que sempre estavam desolados; este povo foi tirado de entre os povos, e todos eles habitarão seguramente. 9 Então, subirás, virás como tempestade, far-te-ás como nuvem que cobre a terra, tu, e todas as tuas tropas, e muitos povos contigo.
10 Assim diz o SENHOR Deus: Naquele dia, terás imaginações no teu coração e conceberás mau desígnio; 11 e dirás: Subirei contra a terra das aldeias sem muros, virei contra os que estão em repouso, que vivem seguros, que habitam, todos, sem muros e não têm ferrolhos nem portas; 12 isso a fim de tomares o despojo, arrebatares a presa e levantares a mão contra as terras desertas que se acham habitadas e contra o povo que se congregou dentre as nações, o qual tem gado e bens e habita no meio da terra. 13 Sabá, e Dedã, e os mercadores de Társis, com todos os seus leões novos, te dirão: Vens tu para tomar o despojo? Ajuntaste o teu bando para arrebatar a presa, para levar a prata e o ouro, para tomar o gado e os bens, para saquear grande despojo?
Vocês já leram a série de textos que fiz, chamado de “A Tábua das Nações”?
Nela, eu escrevi qual seriam os povos que descenderam de Noé, e quais, dentre os povos modernos, seriam seus correspondentes.
Lá eu expliquei que a compreensão daquele texto era importante para podermos interpretar todas as profecias bíblicas que envolvem as nações, pois naquela época não existiam países como os atuais EUA ou Brasil.
Buscando informações naquelas postagens, eu vou trazer a vocês meu entendimento sobre este texto.
Nos versículos 1 e 2, o Senhor manda Ezequiel profetizar contra Gogue da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal. Lá na série da Tábua das Nações, através de extensas pesquisas, afirmei que Magogue, que é um dos filhos de Jafé, filho de Noé, é o pai do povo Scita, que é um dos formadores do povo Russo, mas também dos povos que compreendem os países da Ásia Central que circundam aos mares Cáspio e Aral como o Kasaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Afeganistão, Quirguistão, Tajiquistão, Irã e China. Que Meseque e Tubal, irmãos de Magogue, seriam os pais do povo que habitou a região da atual Turquia.
Perceba que a profecia é direcionada contra Gogue, da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal. Aí que a coisa começa a complicar e eu explico o motivo.
Muitas pessoas fazem confusão com figura de Gogue, dizendo que ele e Magogue são pessoas, mas o texto é bem claro quando diz que Gogue é um indivíduo que nasceu na terra de Magogue, ou seja, na região (imagino eu) que compreenda todos os países citados acima. Eu complemento este raciocínio ao final do texto.
Mas voltemos a profecia. A partir do versículo 3, o Senhor declara que colocará um “anzol no queixo” e fará com que todo o exército dele, além de persas, etíopes, e os povos de Pute, Gômer, e Togarma, deixando claro que existirá uma “aliança” entre estas nações.
Relembrando a tábua das nações, sabemos que Pute, fiho de Cam, habitou a região que hoje é a Líbia; Gomer, irmão de Magogue, Meseque e Tubal, habitou a região que compreendemos hoje como França, Alemanha e Bálcãs; e Togarma, filho de Gomer, habitou a região conhecida hoje como Armênia.
A partir do versículo 7, fica claro que esta aliança durará anos. E neste tempo, eles estarão se preparando para uma guerra, que nunca acontecerá. Mas num belo dia, como relata o versículo 10 e seguintes, Gogue (líder desta aliança) vai desejar atacar. Sabá, Dedã e os mercadores de Társis que, como deixa entender o texto, poderiam intervir contra este ataque, nada farão.
Pela tábua das nações, aprendemos que Sabá e Dedã, filhos de Cam, habitaram a região que compreende a Arábia e o chifre da África, ou seja, Mar Vermelho e golfo de Aden. E Társis, filho de Javã, neto de Jafé, pode ter sido o pai dos Fenícios, dos Espanhóis, ou até mesmo dos Ingleses (incluindo aí os EUA).
Tenso, né? Mas é por estas e outras que eu amo estudar as profecias.
Mas voltemos à compreensão sobre Gogue. Como eu dizia anteriormente no texto, por causa da interpretação equivocada que fazem sobre tal figura, e o território onde ela nasceu chegando, inclusive, a personificar tal como um indivíduo.
Eu já li vários entendimentos sobre Gogue. Uns dizem ser ele uma pessoa, outros uma entidade (como Miguel do livro de Apocalipse), outros um sistema de governo...
Mas eu nunca ouvi ninguém dizer que ele poderia ser uma religião, ou líder religioso. E é esta a interpretação mais lógica, pelo menos do meu ponto de vista, e explico o porquê.
Todos os países que formam tal aliança fazem parte do território que outrora compreendeu o Império Otomano, que surgiu a partir da ascensão bizantina (entenda como turca) sobre os persas e árabes no império muçulmano idealizando por Saladino. E todos eles têm em comum o fato de terem a religião islâmica como base de sua cultura, chegando ao ponto de um deles (o Irã) ser governado num sistema político conhecido como “Teocracia”, onde a doutrina religiosa vale mais que as leis estatais.
(Tem muito crente que sonha algo semelhante pro Brasil, mas isso é tema pro “Fortificando a Desobediência”...)
E aí se justifica minha especial atenção as revoltas no mundo árabe, pois todas elas têm por característica a luta da maioria xiita contra as ditaduras sunitas.
Embora não seja a mesma coisa, esta divisão entre sunitas e xiitas é muito semelhante a divisão entre catolicismo romano e protestantismo, já que ambas professam a mesma religião, mas diferem quanto a forma de se interpretar seu texto sagrado.
Tal divergência, assim como no Cristianismo, gerou grandes rivalidades, e até guerras (como no caso da guerra Irã-Iraque, nos anos 80 do século XX).
Nas próximas postagens, quando eu continuar a refletir sobe esta profecia, termino de explicar minha teoria.
Fiquem com Deus,
Orem e se mobilizem para ajudar o povo japonês. Mas não se esqueçam que cidades em Santa Catarina (destruídas pelas chuvas em 2009), no Nordeste (destruídas pelas chuvas em 2010) e Região serrana do Rio de Janeiro (destruídas pelas chuvas neste ano) ainda precisam de nosso apoio e solidariedade.
Até a próxima.
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